quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Festa infantil.

Esse post foi a pedido do Del, e foi feito no dia 05 de outubro de 2009. Também curto muito ele xD

Sábado eu fui a uma festa de criança que, sinceramente, eu preferia ter enfiado alfinetes nos meus olhos a ter que ir.
Mas fui.
Afinal, quem sou eu pra recusar comida de graça?
Bom, cheguei lá e encontrei a casa semi-destruída, minha avó gritando loucamente, meu tio tropeçando na fiação do vídeo-game e umas 18 criaturinhas abomináveis correndo alopradamente de um lado para o outro.
Isso sem contar o chão melado de refrigerante, os salgadinhos babados e as mães avoadas fingindo que não estavam vendo os filhos trazerem apocalipse mais cedo.
Eu imagino que o inferno seja assim. Ou um pouco melhor.
Mas enfim, com cuidado para não sofrer nenhum tipo de acidente, eu me sentei em um canto obliquo e isolado da comemoração. Sem me esquecer de que além de infantil, era uma festa de família, eu comecei a rezar para que pensassem que eu era um simples objeto decorativo.
Não funcionou. Fui bombardeada sem dó por perguntas que iam da minha vida amorosa até a meia que eu estava usando. Quem já leu o meu outro blog, com o Leon, se lembra do André. Pra quem não leu, eu conto aqui agora.
O André é uma criatura mitológica (filho de não-sei-quem) que minhas tias idealizaram como o homem perfeito e, conseqüentemente, meu futuro marido. Segundo elas, ele é lindo, trabalhador, educado, gentil, correto, não bebe, não fuma, católico, rico, virgem e tudo mais que um homem perfeito deveria ser. Em outras palavras, um puto viadinho.
Mas minhas tias passaram cerca de meia hora tentando me convencer de que ele seria perfeito pra mim e eu, como aprendi a fazer depois de alguns anos de experiência, concordei (rezando silenciosamente para que elas bebessem a ponto de esquecer isso até o fim da festa).
Além do André, outro momento marcante da festa foi quando uma criança chutou o mágico. Eu tenho pena dos mágicos. Eles não são idiotas como aqueles animadores que ensinam as crianças a dançarem músicas do Latino. Eles são boa gente e os moleques ficam lá avacalhando o trabalho deles. Pois estava lá o mágico, fazendo mágicas para um grupo de pessoas que observavam tudo abobalhadas (incluindo os adultos, que estavam mais bestificados que as pequenas criaturinhas em si) quando um moleque me levanta do nada e chuta a canela do mágico.
Se fosse eu, provavelmente teria agarrado o pivete pelo pescoço e estrangulado sem dó nem piedade, mas não era eu, era o mágico. E mágicos são boa gente. Então esse só gritou um sonoro “Cê é louco, menino?” e continuou o número. Mas eu fiquei com pena, porque tenho certeza de que, se ele não estivesse recebendo uns bons lelecos ali, provavelmente ele já teria tacado uma voadora na nuca do moleque.
Enfim, pra finalizar, teve o tradicional “parabéns pra você”, sabe? O símbolo dos aniversários que já traumatizou muita gente? Pois bem. Crianças ainda não sabem que aniversario é uma festa pra lembrar do que te resta, então elas realmente se divertem no parabéns. Elas gritam, esbarram na mesa, estragam os enfeites, se melam nos docinhos. Pois bem, alem de fazerem isso tudo, meu priminho de 3 anos (que não era o aniversariante) achou que seria engraçado vir me dar um abraço depois de comer um pedaço enorme de bolo com bastante calda. É, adivinharam, meu cabelo e minha blusa nova foram o guardanapo dele.
O final da festa foi clássico. Falaram mais do André, terminaram de melecar minha roupa e, por fim, minha tia bêbada começou a cantar e dar mole pro mágico.
É, meu sábado foi assim.

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